sexta-feira, 8 de abril de 2011

RELIGIOSIDADE E A MENTALIDADE MEDIEVAL PARTE 1

A religiosidade impregnava o cotidiano do ho9mem medieval. Nada estava desvinculado da fé. Guerras, artes, trabalho, sentimentos, política, economia, vida intelectual, calendário e as festividades que de diversas formas se relacionavam com a religião. Quando, uma violenta epidemia ( chamada Peste Negra) matou um terço da população européia. Poucos viram como causas da rápida propagação da peste, a subnutrição crônica daquelas multidões de famintos e, sobretudo, as péssimas condições higiênicas e sanitárias das cidades medievais. As maiorias absolutas das pessoas acreditavam que Deus estava castigando os homens pelos seus pecados. Numa época em que não havia espaço para a descrença, a morte era vista com naturalidade e muitas vezes até era desejada. Ninguém duvidava da ressurreição, por isso a morte era encarada como o nascimento para vida eterna e não como acontece para muitos, nos dias de hoje, como um salto para as trevas. “Para o homem da Idade Média, a eternidade está a dois passos... O inferno ou o paraíso podem ser o amanhã. E os santos estão no paraíso e os indubitavelmente condenados estão no inferno... A intervenção freqüente, direta ou indireta, de deus contra a ordem da natureza, é reconhecida por todos...O visível e o sobrenatural irrompe a cada instante na vida de todas... Não existe qualquer linha divisória, não existem quaisquer barreiras entre esta mundo e o outro...”
( Le Goff, 1989,p.26)

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