CONCÍLIO DE TRENTO 2

Em síntese, afirmando-se a necessária mediação  da Igreja, corpo místico de Cristo e ao mesmo tempo organismo jurídico, Essa Igreja é um organismo jurídico e também a guarda da palavra revelada e a fonte originária da graça por meio dos sacramento.  Sem esquecer a eficácia das graças salientou-se o livre – arbítrio, ou seja, a liberdade que o homem tem de praticar o bem ou mal. Em relação aos sacramentos (sinais da graça de Deus), a Igreja manteve a doutrina tradicional. O batismo ( sacramento do nascimento espiritual); a confirmação ou Crisma (o dom do Espírito Santo é  fortalecido); a Eucaristia (o corpo e o sangue de cristo estão presente, este que é o ato maior do culto cristão. O termo técnico utilizado é Transubstanciação, pela qual o pão e o vinho, conservado suas aparências própria, tornam-se substancias de corpo e de sangue de Cristo; a Reconciliação ou Penitencia (exame de consciência, contrição- dor pelo pecado cometido-, confissão e a absolvição dada  pelo ministério da Igreja, por meio do sacerdote); o Matrimônio; a Ordem ( sacramento por meio do qual alguns cristãos são elevados à dignidade de ministro sagrado) e a extrema-unção (hoje  unção dos enfermos). 

 O Concílio da Trento manteve a crença segundo a qual na Eucaristia ocorre a presença real de Cristo.  O pão é o seu corpo e o vinho é o seu sangue. Nos primórdios, realizava-se a comunhão entregando a hóstia nas mãos dos fiéis; com as invasões bárbaras, caiu muito o nível da cristandade e, para evitar que a hóstia fosse utilizada como talismã, os cristãos passaram a recebê-la diretamente na boca. Mesmo com o desaparecimento da superstição, o costume se manteve até recentemente. A comunhão em duas espécies também era predominante, apesar dos inconvenientes para servir o vinho. O Concílio de Trento decidiu que Cristo estava totalmente presente em cada uma das duas espécies, pois “ o corpo não se compreende sem o sangue, nem o sangue sem o corpo”. Atualmente, de vez em quando a comunhão em duas espécies é praticada.