terça-feira, 19 de abril de 2011

CENAS DE TORTURA NA INQUISIÇÃO


Par a nossa mentalidade, algo abominável, porém não para a época, pois, para o direito criminal de então, o suplício era um ritual organizado para a marcação das vítimas e a manifestação do poder, fosse do Estado, da Igreja ou de ambos.  Queimar uma pessoa viva, para nós, é algo chocante, porém não o era para a justiça francesa anterior à revolução. Muito já se escreveu sobre as atrocidades da inquisição, reativada no século XV pelos “reis católicos”. É verdade que a inquisição foi manipulada, servindo ao regime absolutista que então se delineava. É verdade que adeptos do judaísmo e do islamismo foram perseguidos, é verdade que se cometeram excessos e vilanias. Porém, os exageras com que certos autores apresentam a inquisição Espanhola não corresponde à verdade histórica.

A pena de morte natural compreende todos os tipos de morte: uns podem ser condenados à forca, outros podem ter a mão ou a língua cortada ou furada e serem enforcados em seguida; outros, por crimes mais graves, a serem arrebatados vivos e expirarem na roda depois de terem os membros arrebatados até a morte natural, outros a serem estrangulados e em seguida arrebentados, outros a serem queimados vivos... outros a serem puxados por quatro cavalos, outros enfim a terem a cabeça cortada”.
                                                                              (FOUCAULT,1997,p.30)

Sobre os efeitos da censura, eis o que escreveu um estudioso do assunto:
“...Raros livros clássicos espanhóis apareciam no Index, não havia restrições à literatura de ficção nem censura teatral. Não se prescreverá nenhuma obra importante de natureza filosófica ou especulativa e original...Mantinha-se livre a literatura de Averrois, Ramon Lullo, Ficino, Copérnico, Descartes, Hobbes, Newton, Leibnitz Spinoza..”.
                                                                    (TUBERVILLE,p,108)

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