sábado, 23 de abril de 2011

A CULTURA E AS REFORMAS


Durante a Idade Média, a cultura popular exerceu uma grande importância sobre o cotidiano das pessoas. Era um mundo povoado por heróis, vilões, bobos da corte, muita música e sobre tudo festas. festas de família, como os casamentos, batizados; festas  do santo padroeiro de uma cidade, de uma paróquia; as festas anuais, como a Páscoa, o natal, o ano Novo, o dia de Reis e a mais concorrida de todas: o carnaval. A mentalidade festeira era tal, que muitos viviam da lembrança de uma festa e da expectativa da próxima. Contava-se o tempo pelas grandes festas, para as quais afluíam multidões que se entregavam a toda sorte de diversões que nada tinham de religiosas, mesmo em festas ditas religiosa. 
A festa popular por excelência era o carnaval, que começava em 26 de dezembro e crescia num ritmo acelerado e alucinante à medida que se aproximava da quaresma. Riscos e pobres, camponeses e citadinos, “pessoas de bem”, e marginais afluíam para as praças onde eram encenadas peças. Bebia-se, cantava-se e dançava-se a exaustão. Homens se vestiam de mulher e mulheres se vestiam de homem. Governantes, clérigos e até os sacramentos eram satirizados. Enfim era o “mundo de cabeça para baixo”.
“havia três temas principais no carnaval, reais e simbólicos: comida, sexo e violência. A comida era a mais evidente. Foi a carne que compôs a palavra carnaval. O maciço consumo de carne de porco, de vaca e outras ocorria de fato...
Carne também significava ‘a carnalidade’... O  carnaval era uma época de atividade sexual particularmente intensa...

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