“A tortura física do fogo lento juntava-se à tortura moral da humilhação pública: o queimado vivo era literalmente atirado ao fogo do inferno e ao lixo. Abandonado por todos no auge da dor, ainda testemunhava o júbilo dos que saudavam sua morte com transportes de alegria”.
(NAZÁRIO, 1992,p.541)
Para as pessoas daquela época, os crimes cometidos contra a religião eram mais graves que os praticados contra a sociedade. Raramente as “massas” apoiavam os condenados, pelo contrário, queriam que o “fogo purificador” as livrasse dos elementos nocivos à fé. Se o crime de “lesa-majestade” era punido com a pena de morte, o que esperar que fizessem com aqueles que praticavam o crime de “lesa-divindade”?
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