A cada vez mais acirrada concorrência comercial e as perseguições levaram os judeus a se tornarem financista.
É bom lembrar que, dessa maneira, eles mantinham seus capitais sob uma forma fácil de transportar no caso de serem obrigados a deixar apressadamente uma cidade. A concorrência entre os habitantes da Itália e frança , levou os judeus à prática da agiotagem, ou seja, empréstimos a juros exorbitantes. A igreja condenava a usura. Acontece que os judeus não eram cristãos, daí não se importarem com as ameaças de que iriam “queimar no fogo do inferno”.
Nesta época muitos senhores e reis precisavam dos judeus, daí uma certa tolerância. Durante a Peste Negra, os judeus foram chacinados, pois divulgou-se a falta de que eles haviam envenenado os poços-d’água. Acreditava-se também que eles praticavam sacrifícios rituais de crianças e profanavam a hóstia. Em meio às expulsões e perseguições, levantou-se com serenidade o Papa. No século XV, as perseguições continuaram. Frades pregadores atiçavam a multidão contra os judeus. No carnaval, em Roma, judeus eram obrigados a exibirem-se como Diabo, sendo insultados e chicoteados. Pior acontecia na Espanha em Portugal, onde a pregação e representação da Paixão culminavam com um ataque ao bairro judeu. A situação não mudou no século XVl; em algumas regiões na verdade se agravou, tanto nos países católicos quanto naquele que se tornaram protestante.
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