sexta-feira, 8 de abril de 2011

RELIGIOSIDADE E A MENTALIDADE MEDIEVAL PARTE 2

A vida individual e social estava saturada de concepções de fé. Tudo se relacionava com Cristo ou com a salvação. Os costumes religiosos se multiplicavam de forma intensa. Multiplicavam-se igrejas, relíquias, quadros, festivais, santos, dias santos, hinos, orações, vigílias, jejuns, imagens e procissões. Em muitos casos, o misticismo, para nossa mentalidade de hoje, chegava às raias do exagero. Henry Suson via religiosidade até no ato de comer uma maçã: “ A mesa, Suson come três quartos de maçã em nome da trindade e o quarto restante em lembrança do ‘amor com que a Mãe Celeste deu a seu terno filho uma maçã para comer’; e por essa razão come esse último quarto com a casca, visto que as crianças não de3scacam as maçãs . Depois do Natal não o come, porque nessa altura o menino Jesus é pequenino demais para comer maçãs. Ele bebe em cinco goles por causa das cinco chagas do Senhor, mas como das chagas do lado saía sangue e água, toma o último gole em dois tragos. Isto é, na verdade, constranger a santificação da vida até aos extremos”
(Hunzinga, 1978,p 142)

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