quarta-feira, 4 de maio de 2011

REFORMA MAA QUE REFORMA?


Do ocidente cristão, isto é, da cristandade ocidental, quase equivalente ao que iria tornar-se a “Europa”, a Europa da União européia antes da ampliação, mas sem a Grécia. A Igreja Ocidental fosse ou mão obediente ao autodesignado sucessor de São Pedro, o bispo de Roma, nunca deu muita atenção à cristandade oriental, da qual se afastou há um milênio. A questão de saber se os cristãos ocidentais tem motivos para considerar-se importantes como sempre imaginaram, inclusive ao atribuir uma espécie de significado cósmico a alguns acontecimentos de sua história nos séculos XVl e XVll, é um dos problemas que transparecem no fundo da reforma protestante. Em comparação com o ocidental, o Cristianismo oriental não é monolítico e sim um conjunto de Igrejas, Além daquelas que reivindicam o título de “Ortodoxa” e reconhecem o primado honorário do patriarca de Constantinopla como “ecumênico” existiram e ainda existem outras antigas Igrejas definidas tanto por etnia quanto por velhas divergências dogmáticas quase esquecidas mas aparentemente intransponíveis. Entre estas a Igreja da Armênia, cujo rei abraçou o Cristianismo transformando-o em religião oficial de seus domínios de século lV, pouco antes que Teodósio fizesse o mesmo no Império Romano.(nota: Constantino deu liberdade de culto em 321, em todo o reino para os cristãos e Teodósio patenteou em 482 como religião oficial de todos seus domínios no século lV). Pouco antes que Teodósio fizesse o mesmo no Império Romano. Outra é a Igreja Copta do Egito, que, após o Concílio da Calcedônia (451 d.c.), tornou seu próprio rumo doutrinário e definiu a “Ortodoxia” afirmando que Cristo possuía somente uma natureza (“monofisitismo”) e não as duas dos ortodoxos, divergência que já dura 1.500 anos. Sua derivada Igreja da Etiópia, que desde 1959, passou a chamar-se Igreja Ortodoxa Etíope, é mais uma, embora até 1959 seu único bispo pertencesse ao patriarcado copta em Alexandria. Inseparavelmente identificada com a nação etíope, seus cultos são conduzidos na linguagem original nacional daquele país, e conserva muitas características judaicas que provavelmente são resquícios fósseis de antigas práticas cristãs, tais como a observância do sábado judaico e abstenção das carnes proibidas pelo Velho Testamento.

Bíbliografia
Collinson,Patrick,1ªSérie em português,2006,editora,ObjetivaLtda.
Tradução de S.Duarte
titulo original The Reformation

Nenhum comentário:

Postar um comentário