quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lutero Divisor D'águas da História

pororoca rio araguaia




Conforme outras referências s feitas de vez quando por ele à mesa do jantar, esse momento ocorreu em uma torre onde Lutero tinha seu estudo de professor na casa monástica dos cânones agostinianos, a ordem religiosa de Lutero: a chamada Turmerlebnis, ou “experiência vivida na torre”. Segundo Lutero, tratou-se efetivamente de uma experiência, e não simplesmente de um processo intelectual: “Senti-me imediatamente nascido de novo como se houvesse entrado pelos portões abertos do próprio paraíso”. Mas isso era somente o começo, e ele prosseguiu explicando que havia contado a história, “como Agostinho disse de si mesmo”, para que não se acreditasse que ele “de repente tivesse se tornado supremo a partir do nada”, ou “com uma olhada às escrituras tivesse exaurido todo o espírito de seu conteúdo”.Na verdade, Lutero não vinha do nada e sim dos copiosos recursos da teologia da segunda parte do período medieval. Devemos ser ainda mais cautelosos quanto ao repentino Durchbruch ( momento decisivo) de Lutero se confederarmos o que aconteceu mais ou menos na mesma época a um inglês, o erudito de Cambridge Thomas Bilney, que provavelmente nunca tinha ouvido falar de Lutero. Ao ler, no elegante latim de uma tradução do Novo Testamento feita por Erasmo, a menção de que “Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, Bilney nos diz, “imediatamente senti um maravilhoso conforto e tranqüilidade, tanto que meus ossos cansados saltaram de alegria”. Esse foi o princípio da Reforma protestante em Cambridge, que liderou toda a Inglaterra e em seguida a América do Norte. O que acontece a esses católicos profundamente religiosos, criaturas da parte final da idade Média, ficou sem dúvida comprimido em suas lembranças imaginativas, transformando-se num cenário quase convencional, bíblico e agostiniano, de revelação ofuscante em forma de uma reviravolta total daquilo em que sempre haviam acreditado sem contestação. Nas palavras de Jesus, haviam realmente nascidas novamente. O historiador que deseje medir o divisor de águas que separa o mundo medieval daquilo que o avassalador e o revolucionou deve levar a sério a percepção de que aqueles que viveram esses acontecimentos experimentaram uma transformação quase total.
Bíbliografia
Collinson,Patrick,1ªSérie em português,2006,editora,ObjetivaLtda.
Tradução de S.Duarte
titulo original The Reformation

Um comentário:

  1. Paz irmão!
    Grato pela visita e comentário no blog;
    continue lutando pela verdade;
    Graça de Deus sobre ti!

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