quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Reforma Sem Lutero



Reforma sem Lutero, podemos estar razoavelmente seguros de que não teria havido Reforma. Thomas Carlyle foi mais longe, Sua história foi a história de indivíduos heróicos e ele achou que Lutero não tivesse se mantido firme na Dieta de Worms, quando se apresentou diante do Sacro Império Romano recusando-se abjurar (“Aqui fico”), não teria havido Revolução Francesa nem América. Em mais de uma ocasião Lutero narrou a história de sua própria conversão. Conhecemos a respeito de sua vida e conversão tenha ocorrido, quando tinha pouco mais de trinta anos e era professor de teologia em uma das novas universidades alemãs. Sabemos que a experiência surgiu de uma dedicação forte à teologia de Paulo para com os romanos: o problema bastante técnico, porém para Lutero absolutamente existencial, de como a Justitia Dei, isto é, a disposição punitiva de Deus, deveria ser satisfeita. Lutero sabia que cristo já havia feito a redenção, como sempre afirmaram os cristãos, “dos pecados de todo o mundo”. Porém de que forma essa redenção deveria ser aplicada individualmente a cada crente cristão? Lutero descobriu que isso somente podia ocorrer por meio da fé no sacrifício de Cristo. A luta moral humana era na verdade contraprudente, fazendo com que a alma se voltasse cada vez mais para si. Isso equivalia a dizer que Deus, que é misericordioso, nos torna virtuosos por meio de uma fé que o próprio Deus faz brotar em nós, Isso foi considerado semelhante a uma revolução de Corpénio no pensamento a respeito de Deus. Deus, e não o homem, é o centro e o principal motor de todas as coisas, inclusive a salvação humana. Teologicamente, isso jamais esteve em dúvida. Na prática, porém, o sistema do Cristianismo medieval dava realce ao esforço moral, na verdade uma jornada em direção a um Deus que, segundo afirma Lutero, estava procurando chegar até nós.

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