quarta-feira, 4 de maio de 2011

REFORMA MAS QUE REFORMA? parte 2


Nenhuma das Igrejas orientais passou por experiência semelhante à Reforma e à Contra-Reforma reacionária, embora o cisma dos antigos Crentes na Russia (de 1667 até os dias de hoje ) possa ser a exceção que confirma esta regra. No entanto, em todas essas manifestações de fé cristã, tal como, na verdade, na religião de forma mais geral e global – encontramos os princípios eternos de renovação e conversão. O batismo cristão dos recém – nascidos, que tem sido efetivamente compulsório em toda parte em que essa religião permaneceu pública e politicamente estabelecida, pode dar a idéia de que as pessoas já nascem participando em sua originalidade única, e cada criança, por meio de patrocinadores ou “padrinhos”, têm de renunciar ao demônio e todas as suas obras, voltando-se pessoalmente para Cristo. Na Etiópia celebra-se uma cerimônia anual na qual o tabot, que reproduz a Arca da Aliança judaica, contendo as pedras do altar, é transportado com muito respeito de cada igreja até o curso d’água mais próximo, onde as pessoas mergulham a fim de renovar sue batismo. Essa ocasião é conhecida como Maskal ( que significa a Cruz), quando a primavera explode na Etiópia após as chuvas abundantes, cheia de margaridas amarelas chamadas de maskal. Quando uma criança é batizada nas Igrejas anglicanas de hoje, costuma-se convidar toda a congregação a repetir e renovar seus próprios votos batismais. Coisa idêntica também pode acontecer no festival de primavera da Páscoa, igualmente época de renovação. Nesses exemplos, princípio da renovação fica “rotinizado”, para usar um feio termo sociológico. O que deveria ser um acontecimento se transforma em costume automático.

Bíbliografia
Collinson,Patrick,1ªSérie em português,2006,editora,ObjetivaLtda.
Tradução de S.Duarte
titulo original The Reformation

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